Rio (EFE) - A morte de dois supostos traficantes de drogas na manhã de ontem e a descoberta dos corpos de outros dois aumentou para 16 o número de vítimas por causa dos confrontos registrados este final de semana no Rio de Janeiro e que também provocaram a destruição de um helicóptero, derrubado a tiros, e de oito ônibus.
A Polícia informou que os corpos de duas pessoas, vestidos com roupas de camuflagem, foram achados em uma área de floresta próxima à favela na qual foram registrados os principais enfrentamentos. Os corpos estavam em uma região próxima ao Morro de São João para onde a Polícia foi na tarde de ontem para conferir uma denúncia, segundo a qual ali teriam sido assassinados três traficantes. No local apenas foram achados dois corpos junto com uma mochila com munição para diferentes armas, especialmente fuzis de assalto. Outros dois supostos narcotraficantes morreram na madrugada em operações realizadas pela Polícia contra os traficantes, que no sábado derrubaram a tiros o helicóptero policial e protagonizaram o conflito que deixou 12 mortos.
As duas novas vítimas morreram em um confronto com agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no Jacarezinho, de onde teria saído parte dos pistoleiros que provocaram os conflitos do sábado. Nessa operação, a Polícia apreendeu 300 quilos de maconha e de duas pistolas.A Polícia informou também que deteve quatro pessoas que estavam em um veículo roubado em um local do Morro de São João. Dos mortos do sábado dois eram policiais que estavamno helicóptero que explodiu após ser baleado e fazer uma aterrissagem de emergência.
O Clube de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio anunciou que pagará uma recompensa de R$ 2 mil a quem ofereça informações que permitam a captura dos pistoleiros que derrubaram o helicóptero. Os conflitos deste final de semana, que também deixaram oito feridos, seis dos quais policiais, foram provocados por uma disputa entre bandos rivais de traficantes pelos pontos de vendas de drogas no Morro dos Macacos.
Enterro - Parentes dos doispoliciais mortos na queda do helicóptero criticaram a ação da polícia. Rosa Maria Barbosa, tia do policial Ednei Canazarro, disse que "armam todo esse teatro para os Jogos Olímpicos 2016 e não dão as condições necessárias para os policiais trabalharem". Canazarro foi enterrado junto com o outro policial morto na ação, Marcos Sadler Macedo, no cemitério Jardim Sulacap, na zona oeste do Rio.
Alvo de críticas, o secretário de segurança, José Mariano Beltrame, disse que a segurança não é o principal problema para a realização da Olimpíada de 2016. "O que digo ao COI e à população é que nós temos problemas históricos. Mas temos projetos, propostas. Existem políticas de segurança e de pacificação. As informações não são negadas e não fazemos promessas pirotécnicas".
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