Até a a semana passada, havia dois PMDBs na vitrine –o pedaço pró-Dilma, majoritário; e o naco pró-Serra. Surgiu um terceiro PMDB.
Deve-se a novidade a Roberto Requião. Lulista de mostruário, o governador peemedebista do Paraná é o mais novo anti-Dilma da praça.
Deve-se a novidade a Roberto Requião. Lulista de mostruário, o governador peemedebista do Paraná é o mais novo anti-Dilma da praça.
Não defende a adesão a Serra. Pôs-se a empinar o sonho de uma candidatura própria do PMDB.
Pendurado ao telefone, Requião convoca para o dia 21 de novembro, em Curitiba, uma reunião com os “militantes do velho MDB de guerra”.
Pendurado ao telefone, Requião convoca para o dia 21 de novembro, em Curitiba, uma reunião com os “militantes do velho MDB de guerra”.
Idealiza um encontro com representantes dos 27 diretórios estaduais do partido. Começou a erguer suas barricadas pela região Sul.
Conversou com José Fogaça, prefeito de Porto Alegre e alternativa do PMDB para o governo do Rio Grande do Sul.
Presidido pelo senador Pedro Simon, o PMDB gaúcho é um ninho de simpatia à tese do presidenciável próprio. Estará na reunião de Requião.
O governador paranaense tocou o telefone para o colega de Santa Catarina, Luiz Henrique, um expoente do PMDB pró-Serra.
Expôs os seus planos. Encontrou receptividade instantânea. Luiz Henrique descrê das chances de o PMDB ir a 2010 com um nome próprio. Porém...
Porém, o aliado catarinense de Serra viu na iniciativa de Requião uma nova frente de oposição ao matrimônio com Dilma Rousseff. Algo a ser estimulado.
Em telefonema a outro pemedebê associado aos interesses do presidenciais do tucano José Serra, Luiz Henrique festejou: “Isso vai ser bom pra nós”.
Informado, o senador Jarbas Vasconcelos, mandachuva do PMDB de Pernambuco, também fechado com Serra, teve reação semelhante.
Reservadamente, Jarbas diz que, se convidado, o diretório pernambucano irá à reunião de Curitiba.
Orestes Quércia, gerente dos interesses de Serra no PMDB, também soltou rojões. Para ele, tudo o que prejudica Dilma é bem-vindo.
Em privado, Requião refere-se ao pedaço do PMDB que se achegou a Dilma como “o pessoal do arroto de Brasília”. Contra o "arroto", sugere "política séria".
Por trás da animosidade de Requião está um personagem recém-desembarcado desembarcado do governo Lula: o ex-ministro Roberto Mangabeira Unger.
Demitiu-se da pasta de Assuntos Estratégicos para retomar a cadeira de professor de Harvard, nos EUA. Súbito, voltou a dar as caras no Brasil.
Mangabeira filiou-se ao PMDB e pôs-se a medir asfalto. Percorre o país como um mercador da terceira via. Fala para platéias de peemedebistas.
Esteve em Goiânia. Passou por Cuiabá. Há 15 dias, esteve na Curitiba de Requião. O governador levou-o à sede local do PMDB. Discorreu sobre programa de governo e candidato próprio.
Ao abrir o encontro, Requião perguntou aos pemedebês presentes: “Quem aqui [...] acredita que o partido deve ter um candidato à Presidência da República?”
Todos os braços que o rodeavam se ergueram. A cena pode ser conferida na foto lá do alto. “Maravilha!”, disse Requião. “Nós temos uma unanimidade...”
“...Por isso eu me entusiasmei quando o Roberto Mangabeira me ligou numa manhã dessas dizendo que estaria disposto a vir à Curitiba [...]”.
Conversou com José Fogaça, prefeito de Porto Alegre e alternativa do PMDB para o governo do Rio Grande do Sul.
Presidido pelo senador Pedro Simon, o PMDB gaúcho é um ninho de simpatia à tese do presidenciável próprio. Estará na reunião de Requião.
O governador paranaense tocou o telefone para o colega de Santa Catarina, Luiz Henrique, um expoente do PMDB pró-Serra.
Expôs os seus planos. Encontrou receptividade instantânea. Luiz Henrique descrê das chances de o PMDB ir a 2010 com um nome próprio. Porém...
Porém, o aliado catarinense de Serra viu na iniciativa de Requião uma nova frente de oposição ao matrimônio com Dilma Rousseff. Algo a ser estimulado.
Em telefonema a outro pemedebê associado aos interesses do presidenciais do tucano José Serra, Luiz Henrique festejou: “Isso vai ser bom pra nós”.
Informado, o senador Jarbas Vasconcelos, mandachuva do PMDB de Pernambuco, também fechado com Serra, teve reação semelhante.
Reservadamente, Jarbas diz que, se convidado, o diretório pernambucano irá à reunião de Curitiba.
Orestes Quércia, gerente dos interesses de Serra no PMDB, também soltou rojões. Para ele, tudo o que prejudica Dilma é bem-vindo.
Em privado, Requião refere-se ao pedaço do PMDB que se achegou a Dilma como “o pessoal do arroto de Brasília”. Contra o "arroto", sugere "política séria".
Por trás da animosidade de Requião está um personagem recém-desembarcado desembarcado do governo Lula: o ex-ministro Roberto Mangabeira Unger.
Demitiu-se da pasta de Assuntos Estratégicos para retomar a cadeira de professor de Harvard, nos EUA. Súbito, voltou a dar as caras no Brasil.
Mangabeira filiou-se ao PMDB e pôs-se a medir asfalto. Percorre o país como um mercador da terceira via. Fala para platéias de peemedebistas.
Esteve em Goiânia. Passou por Cuiabá. Há 15 dias, esteve na Curitiba de Requião. O governador levou-o à sede local do PMDB. Discorreu sobre programa de governo e candidato próprio.
Ao abrir o encontro, Requião perguntou aos pemedebês presentes: “Quem aqui [...] acredita que o partido deve ter um candidato à Presidência da República?”
Todos os braços que o rodeavam se ergueram. A cena pode ser conferida na foto lá do alto. “Maravilha!”, disse Requião. “Nós temos uma unanimidade...”
“...Por isso eu me entusiasmei quando o Roberto Mangabeira me ligou numa manhã dessas dizendo que estaria disposto a vir à Curitiba [...]”.
Mas e quanto ao nome do candidato? Embora frequentem o debate com cara de alternativas, Mangabeira e Requião dizem que isso é coisa para depois.
Primeiro o projeto. Depois o candidato. “Parece piada”, disse ao repórter um dirigente do PMDB que negocia o apoio a Dilma.
Um apoio que, para virar realidade, depende da aprovação da convenção nacional da legenda, marcada para junho de 2010.
Os votantes da convenção virão dos Estados. A turma pró-Serra tenta tocar fogo nos diretórios estaduais.
Num instante em que o time de Dilma apresenta o pré-acordo selado em Brasília como um extintor, Requião irrompe no palco munido de gasolina.
Sentindo o cheiro de queimado, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, pede pressa ao PT.
Para evitar surpresas na convenção de junho, Henrique Alves, Dilma desde menino, quer acelerar o fechamento dos acordos estaduais entre PMDB e PT.
A caligrafia de Mangabeira Unger salpica no novo capítulo da guerra interna do PMDB uma pitada de ironia.
Mangabeira não é um noviço no partido. Jacta-se de ter sido um dos primeiros a assinar o documento de fundação do PMDB.
Contudo, entre a saída e a reentrada, Mangabeira revelou-se uma cintura com roldanas. Foi guru de Leonel Brizola, no PDT...
...Coordenou a primeira candidatura presidencial de Ciro Gomes, à época no PPS.
Como articulista de jornal, pespegou na gestão Lula a pecha de “governo mais corrupto da história”. Virou ministro de Lula. E agora, fora da Esplanada, conspira contra Dilma, a candidata do ex-chefe.
Primeiro o projeto. Depois o candidato. “Parece piada”, disse ao repórter um dirigente do PMDB que negocia o apoio a Dilma.
Um apoio que, para virar realidade, depende da aprovação da convenção nacional da legenda, marcada para junho de 2010.
Os votantes da convenção virão dos Estados. A turma pró-Serra tenta tocar fogo nos diretórios estaduais.
Num instante em que o time de Dilma apresenta o pré-acordo selado em Brasília como um extintor, Requião irrompe no palco munido de gasolina.
Sentindo o cheiro de queimado, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, pede pressa ao PT.
Para evitar surpresas na convenção de junho, Henrique Alves, Dilma desde menino, quer acelerar o fechamento dos acordos estaduais entre PMDB e PT.
A caligrafia de Mangabeira Unger salpica no novo capítulo da guerra interna do PMDB uma pitada de ironia.
Mangabeira não é um noviço no partido. Jacta-se de ter sido um dos primeiros a assinar o documento de fundação do PMDB.
Contudo, entre a saída e a reentrada, Mangabeira revelou-se uma cintura com roldanas. Foi guru de Leonel Brizola, no PDT...
...Coordenou a primeira candidatura presidencial de Ciro Gomes, à época no PPS.
Como articulista de jornal, pespegou na gestão Lula a pecha de “governo mais corrupto da história”. Virou ministro de Lula. E agora, fora da Esplanada, conspira contra Dilma, a candidata do ex-chefe.
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