O juiz eleitoral Aloisio Sérgio Rezende Silveira, que cassou e tornou inelegíveis por três anos 13 vereadores da Câmara Municipal de São Paulo, acatou ontem à noite recurso do parlamentar Ricardo Teixeira (PSDB), o único vereador que não havia sido beneficiado pela medida suspensiva obtida esta semana pelos demais 12 parlamentares. Apesar da decisão da Justiça Eleitoral ter sido despachada ontem, ela foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) apenas hoje à tarde. O efeito suspensivo concedido é válido até o julgamento do processo pelo TRE-SP. As informações são da Agência Estado.
Os 13 parlamentares foram afastados do cargo no dia 19 por recebimento, nas eleições de 2008, de doações ilegais da Associação Imobiliária Brasileira (AIB). A entidade ganhou notoriedade na última eleição por figurar entre os maiores financiadoras de campanha - foram R$ 2,94 milhões a 26 candidatos vitoriosos da capital paulista. Uma investigação do Ministério Público Estadual, contudo, apontou que a AIB seria um braço do Secovi (sindicato das imobiliárias e administradoras). Em 2008, a AIB doou, no total, R$ 10,6 milhões a candidatos, comitês e diretórios de diversos partidos. Segundo o MP, a entidade não mostrou ter essa capacidade financeira.
Os 13 vereadores enquadrados pela Justiça e que tiveram o recurso concedido são Abou Anni (PV), Adilson Amadeu (PTB), Wadih Mutran (PP), Adolfo Quintas Neto (PSDB), Carlos Alberto Apolinário (DEM), Carlos Alberto Bezerra Júnior (PSDB), Cláudio Roberto Barbosa de Souza (PSDB), Dalton Silvano do Amaral (PSDB), Domingos Odone Dissei (DEM), Gilson Almeida Barreto (PSDB), Marta Freire da Costa (DEM), Ushitaro Kamia (DEM) e Ricardo Teixeira (PSDB).
Escrito por Magno Martins
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