A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de hoje (3) uma operação para desarticular um grupo de extermínio que atuava há mais de três anos no município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no estado do Rio de Janeiro. Sete homens foram presos e vão responder na Justiça pela prática de homicídio, extorsão, constrangimento ilegal, formação de quadrilha e porte de arma de uso restrito. Entre os presos estão cinco policiais militares e um ex-policial, expulso da corporação por conduta irregular. Três integrantes da quadrilha estão foragidos.
Na operação de hoje foram apreendidas armas, computadores, agendas, documentos, três carros de luxo e 144 cheques de valores que variam de R$ 100 a R$ 43 mil, totalizando R$ 264 mil. Outros 22 cheques nominais em branco já estavam assinados.
O titular da PF em Nova Iguaçu, Alexandre Saraiva, afirmou que, além de agir como uma milícia, a quadrilha praticava agiotagem e operava como matadores de aluguel, caracterizando-se como grupo de extermínio. A operação que envolveu 82 agentes federais foi batizada de Fobos, em alusão à personagem da mitologia grega que espalhava o medo.
“Eles praticavam agiotagem na região de Austin [bairro de Nova Iguaçu], cobrando juros absolutamente extorsivos e utilizando de violência na cobrança. Essa investigação começou com o assassinato de um jovem por cobrança de dívida de R$ 300. Foi em novembro do ano passado. [O rapaz] pegou dinheiro, até chegou a pagar, mas atrasou, e eles foram lá e o executaram”, relatou Saraiva.
A PF vai prosseguir com a investigação dos ganhos da quadrilha e cruzar os dados que possam comprovar a agiotagem e outras formas ilícitas de auferir recursos que justifiquem, por exemplo, o fato de um cabo da PM ter na garagem de casa dois carros importados avaliados em mais R$ 80 mil.
Da Agencia Brasil
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