quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Obama lembra os seis meses da aprovação de reforma de saúde

Seis meses depois de assinar a histórica legislação sobre o sistema de saúde, o presidente americano, Barack Obama, defendeu novamente a lei nesta quarta-feira, afirmando que suas reformas acabaram com vulnerabilidades "horrendas" que ameaçavam as famílias americanas.

Obama está tentando levantar apoio político aos democratas, antes das eleições de novembro, promovendo os sucessos das controversas leis. Mas como as pesquisas mostram os americanos céticos em relação a seus benefícios, republicados prometem derrubá-las caso tomem o controle legislativo nas eleições de metade de mandato.

O presidente visitou a cidade de Falls Church, na Virgínia, perto de Washington, para discutir os frutos da reforma com os cidadãos e defender o que ele descreveu como "a maior legislação para a saúde que vimos na nossa história".

Obama pretendia assegurar aos americanos que a legislação está ajudando a acabar com vulnerabilidades "horrendas" de milhões que não tinham cobertura de saúde, foram rejeitados pelas seguradoras, entre outros casos.

"O sistema de saúde era uma dessas questões que não podíamos ignorar mais. Não podíamos ignorar porque o custo da saúde vinha subindo mais rápido que qualquer outra coisa", disse Obama a um grupo de moradores de Falls Church, escolhidos para encontrar o presidente no jardim de uma residência.

"Isso seria causar a falência de famílias, empresas e de nosso governo. Então, decidimos que tínhamos que agir", explicou.

A Casa Branca, em um comunicado emitido horas antes, informou que a legislação de saúde coloca "um fim em alguns dos piores abusos promovidos pelas seguradores, e coloca consumidores, não as empresas, no controle".

Muitas das medidas da lei entraram em vigor na quinta-feira passada.

Suas medidas incluem terminar com os limites de idade para a cobertura; impedir que as empresas negassem cobertura baseando-se em erros de preenchimento de fichas ou rejeitassem clientes que tinham problemas de saúde.

O presidente também frisou o fato de que as seguradoras não podem mais negar cobertura a crianças com doenças pré-existentes, e que as crianças podem agora permanecer como dependentes no plano de seus pais até os 26 anos.

"Todas essas coisas foram desenhadas para que o governo esteja menos envolvido na saúde", disse Obama.

"Foram desenhadas para garantir que vocês tenham proteções básicas na relação com as seguradores, que vocês obtenham o serviço pelo qual pagaram, que tenham medidas básicas de proteção ao interagir com o sistema de saúde."

A aprovação da lei foi precedida por mais de um ano de batalhas políticas intensas em Washington, passando no Congresso apesar da quase unânime oposição republicana.

Mas as tentativas para promover sua maior vitória política doméstica ocorre seis semanas antes de uma eleição crítica.

Da AFP Paris

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