A operação Salute, realizada em conjunto pela Polícia Federal e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), apreendeu em três dias, no Sertão nordestino, 20 mil caixas de medicamentos, alguns de uso controlado, desvidaos do Sistem Único de Saúde (SUS) e até falsos. Um total de 14 pessoas foram presas em flagrante. De acordo com a polícia esta foi a maior apreensão de medicamentos controlados realizada no país os últimos três anos.
A operação começou na segunda-feira passada, dia 13 de setembro com a prisão em flagrante de duas pessoas na cidade de Penaforte, no Ceará, que estavam vendendo clandestinamente medicamentos controlados e medicamentos sem registro na Anvisa. Nos dois dias seguintes outras 13 pessoas foram presas nos municípios pernambucanos de Serra Talhada, Salgueiro e Ouricuri. Além das irregularidades administrativas como falta de autorização sanitária para venda de medicamentos, foram registrados a venda de medicamentos sem registro na Anvisa, de procedência ignorada, de uso comercial proscrito, como o abortivo Cytotec, sem autorização sanitária ou em desconformidade com a legislação.
Em um dos flagrantes em Ouricuri, uma farmácia comercializava medicamentos da Casa de Saúde do município, fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), revelando indícios de desvio de medicamentos. No mesmo local também foram encontrados mais de R$ 130 mil em dinheiro, sem comprovação. Em alguns estabelecimentos, os medicamentos sequer tinham comprovação de procedência, o que pode revelar serem objeto de roubo de cargas, modalidade criminosa em ascensão no país.
Entre os medicamentos sem registro encontrados nos estabelecimentos estão o misoprostol (Cytotec®), que é uma medicação usada para úlceras gastro-duodenais, mas com uso abortivo disseminado. A venda droga está proibida pelo Minstério da Saúde porque pode gerar crianças com Síndrome de Möbius e só pode ser usada no âmbito hospitalar sob supervisão da vigilância sanitária municipal. Também foram encontrados exemplares de Pramil (imitação do Viagra) e Lucitan (diazepan), que têm comercialização proibida por falta de registrados na Anovisa e que representam risco para a saúde dos consumidores.
Participaram da operação 20 policiais federais, cinco fiscais da Anvisa e 14 fiscais da Apevisa. As farmácias foram interditadas e o material foi recolhido para a sede da Polícia Federal em Salgueiro. Os remédios regulares que se encontrem em condições de uso poderão ser doados para a Gerência Regional de Saúde do Sertão Central, após autorização da justiça. Diante do resultado, novas operações devem ser desencadeadas na região.
Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
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