quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Jarbas: herança perversa de Lula será também no campo político


A crise no Congresso Nacional abrandou, perdeu espaço para as novas discussões sobre Reforma Eleitoral e Marco Regulatório do Pré-Sal, mas o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) não abre mão de lembrar as máculas de corrupção existentes no Legislativo, sob as bênçãos, em sua opinião, do presidente Lula. Em sua última crítica ao sistema político brasileiro, Jarbas não só responsabilizou o petista pelos escândalos detectados no parlamento como previu que ele deixará “uma herança perversa ao Brasil no campo político”.


Entre os pecados de Lula que levam o peemedebista a essa conclusão, foram elencados: “O apoio à cultura da impunidade, incentivo à fragmentação partidária e a troca da ética pelos interesses meramente eleitorais”. Jarbas entrou nesse mérito, durante o Ciclo de Debates Republicanos, no Rio de Janeiro, promovido pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha).


Segundo o senador, o presidente da República preteriu a reforma do quadro político brasileiro em troca de apoio de “lideranças ultrapassadas, exatamente aqueles que havia apontado como 300 picaretas”. Jarbas considera que Lula, para justificar essas composições políticas supostamente comprometidas, diz que as faz em “nome da governabilidade”.


A queixa sobre a cumplicidade de partidos governistas com o enterro dos recentes escândalos do Congresso foi reforçada com o auxílio de um artigo do ex-ministro da Fazenda, Rubens Ricupero. Recorrendo ao texto, publicado na Folha de São Paulo, no último dia 13, Jarbas endossou: “A corrupção passou a ser condição da governabilidade. É essa a justificativa de dirigentes de partidos do governo para sua cumplicidade. A diferença do regime militar é uma só. Substituíram a violência e a tortura pela corrupção como suposta condição para ter segurança e governar”.



Escrito por Magno Martins, às 05h45

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