José Múcio Monteiro comemorou seus 61 anos de idade, ontem à noite, reunindo amigos e lideranças políticas, e aproveitou a festa também para despedir-se da política. Segunda-feira, ele entregará o cargo de ministro das Relações Institucionais, renunciará ao mandato de deputado federal, se desfiliará do PTB e irá se preparar para assumir a vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
A sua retirada das disputas eleitorais terá como consequência milhares de eleitores órfãos, ano que vem. Por isso, ele marcou um café da manhã, dia 5 de outubro, com o governador Eduardo Campos (PSB). Também participarão prefeitos e parlamentares da base eleitoral do petebista.
Na última eleição, Múcio teve 120 mil votos para deputado federal, fato que já fez crescer o interesse candidatos governistas. Ontem, o ministro reafirmou que caberá a Eduardo a palavra final sobre o destino dos seus votos. Em conversa com a Imprensa, José Múcio adiantou que, mesmo se não tivesse sido indicado para o Tribunal de Contas da União (TCU), não seria mais candidato à Câmara Federal.
“Já era minha intenção não me candidatar mais. Acho que cumpri a minha missão. O povo pernambucano me deu cinco mandatos”, afirmou o ministro. Para Eduardo Campos, que esteve na festa, “é o TCU quem ganha”. “José Múcio é um grande político e tem uma das qualidades que mais admiro: ele tem a capacidade de se sentir feliz com a vitória dos amigos”, enalteceu.
Além do socialista, compareceram ao aniversário do ministro o senador Marco Maciel (DEM), o ex-ministro Armando Monteiro Filho (PTB), além de deputados federais, estaduais, secretários estaduais e prefeitos de todas as regiões. O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) não compareceu porque estava em sua casa de praia preparando o cozido que oferecerá hoje a deputados estaduais. Já o senador Sérgio Guerra (PSDB) estava em agenda oficial, em Roraima.
Questionado sobre 2010, Marco Maciel evitou comentar a sucessão estadual. “Não há duas eleições iguais. Estou à disposição para servir ao povo de Pernambuco”, ponderou o democrata, que, no entanto, admitiu que o pleito de senador do ano que vem será mais disputado do que em outros anteriores.
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