Brasília - Funcionários dos Correios em 20 estados do país, em greve desde a semana passada, fazem hoje (21) passeatas e assembleias regionais para decidir se continuam parados.
A estatal informou que já foi registrado o atraso no envio de 34,6 milhões de correspondências, além de 339 mil encomendas.
Segundo os Correios, 24% dos 109 mil empregados mantêm a adesão à greve. Até a última sexta-feira (18), esse total era de 31%, mas o efetivo parado diminuiu com a volta ao trabalho dos funcionários do Rio de Janeiro.
Também decidiram encerrar a greve os sindicatos dos trabalhadores dos Correios na Bahia, no Rio Grande do Norte, em Santa Maria (RS), Ribeirão Preto (SP) e Bauru (SP).
De acordo com a estatal, as agências funcionam normalmente, no entanto, com suspensão dos serviços de entrega rápida – Sedex 10, Sedex Hoje, Sedex Mundi e Disque Coleta. O serviço de Sedex tradicional não foi paralisado, mas, segundo a empresa, não há garantia do prazo das entregas.
A categoria exige a incorporação de R$ 300 ao piso de R$ 650 e reajuste salarial de 41%. Defende também mais contratações de carteiros e uma reestruturação da empresa. A proposta do governo é de reajuste salarial de 9%, além de outros benefícios.
“Os Correios é a estatal que oferece o menor salário. Além disso, a empresa tem mais de 15 mil cargos de confiança que recebem até R$ 27 mil. Só essa gratificação de chefia consome 30% de nossa folha de pagamento”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos no Distrito Federal, Moysés Leme da Silva Neto.
Na última sexta-feira (18), a empresa entrou com um processo de dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), alegando que a greve dos funcionários é abusiva.
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