sábado, 25 de dezembro de 2010

Prática solidária no Natal ganha exemplos no interior e no Recife

Os brinquedos apreendidos pela Receita Federal durante todo o ano tiveram um destino diferente no Natal de 2010. Ao invés de serem destruídos, os brinquedos foram doados para quatro estados no Nordeste, além de serem enviados também para o Haiti.

Em Limoeiro, no Agreste do Estado, o estádio municipal recebeu centenas de pessoas, que assistiram à apresentação da Orquestra Criança Cidadã, do bairro do Coque, um dos mais pobres do Recife, e depois recebem seus presentes. Além de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia também receberam as doações, somando cerca de um milhão de crianças beneficiadas. Para tantos presentes, há, inclusive, a ajuda do Exército (foto 1) na entrega dos brinquedos.

Segundo o coordenador da campanha, João Targino, o objetivo da ação foi atingir o máximo de crianças carentes possível. “A solidariedade não tem fronteiras, por isso nós estamos levando brinquedos para fazer a alegria também das crianças haitianas”, diz.

As crianças de Pernambuco não esconderam a alegria de receberem brinquedos e muitas delas começaram a brincar no próprio local de entrega. “Creio que muitas nunca teriam esta oportunidade que hoje estão tendo”, disse a diretora de uma escola, Maria José da Silva. A distribuição segue até o fim do ano, quando serão visitadas cerca de mil escolas do estado. Já para o Haiti, serão enviados 300 mil brinquedos.

GUABIRABA


Na Zona Norte do Recife, famílias pobres dividem com os mais necessitados alimentos para a ceia do Natal. A Campanha Natal Feliz recolheu, entre os trinta mil moradores do bairro, cerca de 200 cestas básicas. “Sabemos que uma cesta não vai acabar com todas as necessidades mas é uma maneira de mostrar como a união pode ajudar a quem precisa”, diz a comerciante Iraneide da Silva (foto 3), que coordena a campanha.

Para os voluntários, é uma experiência comovente. “É gratificante porque a gente pediu à comunidade e ela respondeu para ajudarmos as pessoas”, diz Valdilene de Freitas, uma das voluntárias. E para quem recebe as doações a resposta vem com o sentimento de gratidão: “Há muita gente aqui que não tem renda, então um grupo do bairro ajudar a nós é muito gratificante”, diz Maria das Dores Santos, moradora.

Fonte: Pe360graus

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