Rio - Terminou, por volta das 18h35 da noite desta quinta-feira, a audiência sobre o processo que apura a participação do goleiro Bruno e seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão no sequestro da ex-amante do atleta, Eliza Samudio, em outubro de 2009. Foram ouvidas quatro testemunhas de acusação, entre elas uma amiga da modelo, Milena Baroni Fontana, e a delegada que atendeu Eliza, Maria Aparecida Mallet.
Bruno e Macarrão acompanham o depoimento da delegada Maria Aparecida Mallet Foto: Agência O Dia
.Bruno e Macarrão ficaram na sala de audiência durante o depoimento da delegada, mas as outras testemunhas exigiram que os réus saíssem do local. A amiga de Eliza alegou "motivo de foro íntimo" e o juiz acatou o pedido. Milena prestou depoimento por 40 minutos e falou sobre algumas declarações que Eliza fez sobre a agressão sofrida por Bruno e Macarrão. Segundo Milena, a ex-amante do goleiro teria dito que, além de ter sido agredida, os dois teriam jogado álcool sobre o seu corpo e a obrigado a tomar um comprimido, mas não sabia se este era abortivo ou não.
>>FOTOGALERIA: Bruno e Macarrão participam de audiência no Rio
A amiga de Eliza foi a segunda testemunha de acusação a prestar depoimento nesta quinta-feira. A primeira foi a delegada da Delegacia da Mulher, Maria Aparecida Mallet. O goleiro e o amigo estavam algemados durante o depoimento de Mallet, mas o advogado Ércio Quaresma pediu para que os réus ficassem sem algemas. Segundo a delegada, os dois ficaram "tranquilos" durante todo o tempo em que ficaram na frente do juiz.
Ao todo seriam ouvidas cinco testemunhas de acusação: a delegada Maria Aparecida Mallet, a estudante e amiga de Eliza, Milena Baroni Fontana e os funcionários do condomínio onde Bruno morava no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, Leandro Freitas, Mateus Dantas e Mauro Oliveira.
Torcedores dão apoio ao goleiro do lado de fora do Fórum de Jacarepaguá Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia
.Enquanto ocorriam os depoimentos na sala de audiência, torcedores do Flamengo se aglomeravam no lado de fora do Fórum para dar apoio ao goleiro. Muitas pessoas usavam camisetas do clube com o nome de Bruno e o presidente de uma das torcidas organizadas que estavam no local chegou a enviar uma bíblia para o ídolo.
Ele disse que entregou o livro a um dos advogados do goleiro e dentro colocou um bilhete dizendo "Na hora da fama, falsos amigos te acompanham. Na hora do sofrimento, só um amigo não te deixa, que é Deus. Você faz parte da história do Flamengo e nós nunca te esqueceremos".
No Rio, Bruno e Macarrão respondem pelo crimes de sequestro, cárcere privado e lesão corporal contra Eliza Samudio. As testemunhas listadas pelo advogado Ercio Quaresma, que defende o goleiro e o amigo, serão ouvidas em outra audiência, ainda sem data definida.
Eliza disse ter sido ameaçada por Bruno, segundo delegada
Em seu depoimento, Maria Aparecida Mallet disse que foi procurada por Eliza no dia 13 de outubro de 2009. Segundo a estudante, ela entrou em um carro onde o goleiro estava ao volante. Macarrão foi para o banco de trás e todos seguiram para o condomínio onde Bruno morava, na Zona Oeste. Chegando lá, ainda na garagem, os dois a obrigaram a tomar uma substância abortiva. A estudante, que está desaparecida desde o dia 4 de junho, estava na época grávida de cinco meses do filho que alegava ser de Bruno.
Ainda segundo a delegada, Eliza disse que desmaiou e, ao acordar, fingiu ter abortado para sair da casa do goleiro. Ao deixar o condomínio, ela teria seguido para a delegacia para prestar a queixa contra o goleiro e seu amigo.
Advogado de Bruno faz ataques a Eliza
Marcio Carvalho de Sá, um dos advogados do goleiro, fez ataques a Eliza Samudio durante passagem pelo Fórum de Jacarepaguá, na Zona Oeste, nesta quinta-feira.
Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho e na época estava grávida de cinco meses do filho que alegava ser de Bruno. Ela teria sido forçada a tomar substâncias abortivas na ocasião.
"Afirmo com todas as letras que ela (Eliza) não foi morta naquele dia em Minas Gerais. Mas pessoas como ela, que vendem o corpo e participam de orgias, é difícil dizer se ela não sofreu nada demais. A imagem dela diz por si só. Um dos atos que ela praticou está na Internet e eu mesmo recebi por e-mail", disse Marcio Carvalho.
Bruno chega ao Instituto Médico Legal para exame Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
O advogado afirmou também que provará para o juiz que o crime de sequestro não passa de uma mentira inventada por Eliza Samudio para levar algum tipo de vantagem sobre Bruno e as pessoas que o cercam.
"Vamos mostrar para o juiz que nada disso é verdade. Não houve crime de sequestro. Bruno e Macarrão estão sendo vítimas de uma armação de pessoas que querem aparecer. Como pode a pessoa que se diz sequestrada, ligar para o sequestrador e pedir para ir buscá-la, abrir a porta do carro por livre e espontenea vontade e entrar no condomónio sem sequer ser notada pelos funcionários?", disse.
Márcio afirmou que seus clientes não estão bem, pois estão presos injustamente e explicou que intimou Eliza para a audiência de defesa "porque ela foge dos padrões de ética e moral médios da sociedade".
O DIA noticia o caso com exclusividade
Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para provar a suposta paternidade de Bruno.
>> FOTOGALERIA: A cronologia do Caso Eliza Samudio foto a foto
No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá. No dia seguinte, O DIA noticiou, com exclusividade, o caso. Com equipes de reportagem no local, O DIA ONLINE acompanhou a investigação da história, minuto a minuto, a partir do dia 26 de junho.
>> INFOGRÁFICO: Veja como foi a morte de Eliza Samudio
A atual mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que ela havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayanne Souza foi presa, mas logo conseguiu a liberdade. O goleiro e a mulher negam as acusações de que estariam envolvidos no desaparecimento de Eliza e alegam que ela abandonou a criança.
>> LEIA MAIS: Os 10 envolvidos no Caso Eliza Samudio
Na quarta-feira 7 de julho, a Justiça decretou prisão preventiva do goleiro Bruno, o amigo Macarrão, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos - conhecido como "Neném", "Bola" ou "Paulista", sua mulher Dayanne e mais quatro envolvidos no crime. A polícia apreendeu ainda um menor, de 17 anos, primo de Bruno, que teria participado da trama. No dia seguinte, 8 de julho, a mãe de Eliza Samudio ganhou a guarda provisório do bebê, agora com 5 meses. No dia seguinte, Bruno, Macarrão e Neném foram convocados a prestar depoimento mas se negaram. Segundo seus advogados, os acusados só falarão em juízo.
Bruno e Macarrão acompanham o depoimento da delegada Maria Aparecida Mallet Foto: Agência O Dia
.Bruno e Macarrão ficaram na sala de audiência durante o depoimento da delegada, mas as outras testemunhas exigiram que os réus saíssem do local. A amiga de Eliza alegou "motivo de foro íntimo" e o juiz acatou o pedido. Milena prestou depoimento por 40 minutos e falou sobre algumas declarações que Eliza fez sobre a agressão sofrida por Bruno e Macarrão. Segundo Milena, a ex-amante do goleiro teria dito que, além de ter sido agredida, os dois teriam jogado álcool sobre o seu corpo e a obrigado a tomar um comprimido, mas não sabia se este era abortivo ou não.
>>FOTOGALERIA: Bruno e Macarrão participam de audiência no Rio
A amiga de Eliza foi a segunda testemunha de acusação a prestar depoimento nesta quinta-feira. A primeira foi a delegada da Delegacia da Mulher, Maria Aparecida Mallet. O goleiro e o amigo estavam algemados durante o depoimento de Mallet, mas o advogado Ércio Quaresma pediu para que os réus ficassem sem algemas. Segundo a delegada, os dois ficaram "tranquilos" durante todo o tempo em que ficaram na frente do juiz.
Ao todo seriam ouvidas cinco testemunhas de acusação: a delegada Maria Aparecida Mallet, a estudante e amiga de Eliza, Milena Baroni Fontana e os funcionários do condomínio onde Bruno morava no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, Leandro Freitas, Mateus Dantas e Mauro Oliveira.
Torcedores dão apoio ao goleiro do lado de fora do Fórum de Jacarepaguá Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia
.Enquanto ocorriam os depoimentos na sala de audiência, torcedores do Flamengo se aglomeravam no lado de fora do Fórum para dar apoio ao goleiro. Muitas pessoas usavam camisetas do clube com o nome de Bruno e o presidente de uma das torcidas organizadas que estavam no local chegou a enviar uma bíblia para o ídolo.
Ele disse que entregou o livro a um dos advogados do goleiro e dentro colocou um bilhete dizendo "Na hora da fama, falsos amigos te acompanham. Na hora do sofrimento, só um amigo não te deixa, que é Deus. Você faz parte da história do Flamengo e nós nunca te esqueceremos".
No Rio, Bruno e Macarrão respondem pelo crimes de sequestro, cárcere privado e lesão corporal contra Eliza Samudio. As testemunhas listadas pelo advogado Ercio Quaresma, que defende o goleiro e o amigo, serão ouvidas em outra audiência, ainda sem data definida.
Eliza disse ter sido ameaçada por Bruno, segundo delegada
Em seu depoimento, Maria Aparecida Mallet disse que foi procurada por Eliza no dia 13 de outubro de 2009. Segundo a estudante, ela entrou em um carro onde o goleiro estava ao volante. Macarrão foi para o banco de trás e todos seguiram para o condomínio onde Bruno morava, na Zona Oeste. Chegando lá, ainda na garagem, os dois a obrigaram a tomar uma substância abortiva. A estudante, que está desaparecida desde o dia 4 de junho, estava na época grávida de cinco meses do filho que alegava ser de Bruno.
Ainda segundo a delegada, Eliza disse que desmaiou e, ao acordar, fingiu ter abortado para sair da casa do goleiro. Ao deixar o condomínio, ela teria seguido para a delegacia para prestar a queixa contra o goleiro e seu amigo.
Advogado de Bruno faz ataques a Eliza
Marcio Carvalho de Sá, um dos advogados do goleiro, fez ataques a Eliza Samudio durante passagem pelo Fórum de Jacarepaguá, na Zona Oeste, nesta quinta-feira.
Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho e na época estava grávida de cinco meses do filho que alegava ser de Bruno. Ela teria sido forçada a tomar substâncias abortivas na ocasião.
"Afirmo com todas as letras que ela (Eliza) não foi morta naquele dia em Minas Gerais. Mas pessoas como ela, que vendem o corpo e participam de orgias, é difícil dizer se ela não sofreu nada demais. A imagem dela diz por si só. Um dos atos que ela praticou está na Internet e eu mesmo recebi por e-mail", disse Marcio Carvalho.
Bruno chega ao Instituto Médico Legal para exame Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
O advogado afirmou também que provará para o juiz que o crime de sequestro não passa de uma mentira inventada por Eliza Samudio para levar algum tipo de vantagem sobre Bruno e as pessoas que o cercam.
"Vamos mostrar para o juiz que nada disso é verdade. Não houve crime de sequestro. Bruno e Macarrão estão sendo vítimas de uma armação de pessoas que querem aparecer. Como pode a pessoa que se diz sequestrada, ligar para o sequestrador e pedir para ir buscá-la, abrir a porta do carro por livre e espontenea vontade e entrar no condomónio sem sequer ser notada pelos funcionários?", disse.
Márcio afirmou que seus clientes não estão bem, pois estão presos injustamente e explicou que intimou Eliza para a audiência de defesa "porque ela foge dos padrões de ética e moral médios da sociedade".
O DIA noticia o caso com exclusividade
Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para provar a suposta paternidade de Bruno.
>> FOTOGALERIA: A cronologia do Caso Eliza Samudio foto a foto
No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá. No dia seguinte, O DIA noticiou, com exclusividade, o caso. Com equipes de reportagem no local, O DIA ONLINE acompanhou a investigação da história, minuto a minuto, a partir do dia 26 de junho.
>> INFOGRÁFICO: Veja como foi a morte de Eliza Samudio
A atual mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que ela havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayanne Souza foi presa, mas logo conseguiu a liberdade. O goleiro e a mulher negam as acusações de que estariam envolvidos no desaparecimento de Eliza e alegam que ela abandonou a criança.
>> LEIA MAIS: Os 10 envolvidos no Caso Eliza Samudio
Na quarta-feira 7 de julho, a Justiça decretou prisão preventiva do goleiro Bruno, o amigo Macarrão, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos - conhecido como "Neném", "Bola" ou "Paulista", sua mulher Dayanne e mais quatro envolvidos no crime. A polícia apreendeu ainda um menor, de 17 anos, primo de Bruno, que teria participado da trama. No dia seguinte, 8 de julho, a mãe de Eliza Samudio ganhou a guarda provisório do bebê, agora com 5 meses. No dia seguinte, Bruno, Macarrão e Neném foram convocados a prestar depoimento mas se negaram. Segundo seus advogados, os acusados só falarão em juízo.
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