sexta-feira, 16 de abril de 2010

Julgamento de pai de Eloá é suspenso

A pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a justiça suspenseu o julgamento dos acusados pelo assassinato de um advogado em Palmares, Zona da Mata do Estado, em 1989. Entre eles, está o ex-policial militar Everaldo Ferreira dos Santos, pai da adolescente Eloá Pimentel, morta pelo namorado em outubro de 2008, em Santo André, São Paulo.

O julgamento de três dos acusados, entre eles o pai de Eloá, estava marcado para o dia 22 deste mês, em Palmares. O quarto envolvido, apontado como mandante do crime, o empresário e ex-prefeito da cidade Antônio Melo, seria julgado no dia seguinte. Antônio é irmão do atual prefeito de Palmares.

No começo do mês, os promotores André Rabelo e George Diógenes haviam solicitado à justiça que os dois julgamentos fossem cancelados e transferidos para o Recife. Eles solicitaram também que os quatro acusados fossem julgados no mesmo júri popular.

"Antes de tudo, não entendemos porque os processos foram separados já que a vítima é a mesma. Também acreditamos que o julgamento, se for realizado em Palmares, não será imparcial tendo em vista que o mandante do crime é uma pessoa muito influente na cidade", esclarece o promotor André Rabelo.

O desembargador Antônio Melo concedeu liminar suspendendo o julgamento dos quatro acusados pelo crime. A suspensão fica em vigor até que o Tribunal de Justiça decida se o júri será realizado em Palmares ou no Recife.

O ex-policial militar, preso atualmente em Maceió (AL), é um dos quatro acusados de envolvimento no assassinato do advogado José Volemberg Ferreira Lins, morto em 20 de dezembro de 1989, em Palmares, Zona da Mata do Estado. Everaldo Ferreira dos Santos é suspeito de haver atirado no advogado.

Ele está preso desde o dia 28 de dezembro do ano passado em Maceió. O ex-policial estava sendo procurado pela polícia desde que foi reconhecido quando passou mal durante o sequestro da filha Eloá Pimentel. A adolescente foi morta pelo ex-namorado depois de cem horas de sequestro dentro da sua própria casa em Santo André. Temendo ser preso, o pai não foi ao enterro da filha.


Fonte: JC online

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