sexta-feira, 9 de abril de 2010

Em menos de 24h, outro ônibus é queimado em Londrina

O segundo ônibus queimado em menos de 24 horas em Londrina, no norte do Paraná, levou a Polícia Militar (PM), em conjunto com a Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, a decidir pelo policiamento à paisana dentro dos veículos do transporte coletivo na cidade. Além disso, também serão realizadas mais abordagens a motoristas e motociclistas em vias onde os ônibus trafegam.

O segundo episódio de queima de ônibus aconteceu por volta das 23h30 de ontem com um veículo da Transportes Coletivos Grande Londrina, que trafegava em uma das ruas do Jardim Pindorama, na zona leste da cidade, próximo ao 2º Distrito Policial (DP). Um adolescente, sem uso de máscara, mas com um revólver, acompanhado de outros quatro também adolescentes obrigaram o motorista e 15 passageiros a descerem do veículo e imediatamente espalharam gasolina nos bancos, ateando fogo. Ninguém ficou ferido.

No primeiro episódio, ocorrido na madrugada de ontem, na zona sul da cidade, os cinco homens estavam encapuzados, mas aparentemente eram maiores de idade. Nos dois casos, os criminosos deixaram panfletos em que supostamente atribuíam a atitude a maus-tratos a que seriam submetidos presos no Centro de Detenção e Ressocialização (CDR). A direção do CDR negou que haja qualquer agressão no interior da instituição, embora admita que a disciplina é bastante rigorosa, sem permissão, entre outras coisas, da entrada de telefones celulares.

O assessor de Comunicação da PM de Londrina, tenente Ricardo Eguedes, disse que, inicialmente, trabalhava-se com a hipótese de que se tratava apenas de vandalismo. "Agora vamos considerar outras premissas", afirmou. "Está tudo em aberto."

O diretor do CDR, major Raul Vidal, entregou aos integrantes da PM, Polícia Civil e Gaeco uma lista com 26 nomes de presos ligados a organizações criminosas que estão em celas separadas na instituição. A polícia trabalha com a expectativa de que poderá elucidar rapidamente os dois casos com a identificação dos responsáveis. "É uma questão de tempo para que se consiga identificá-los", disse Eguedes.


Fonte: Agência Estado

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