A alemã Jennifer Kloker, 22 anos, encontrada morta na Terça-feira de Carnaval, foi assassinada por causa de mais de R$ 1 milhão. É esse o valor do seguro de vida em seu nome revelado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (8), no Recife. Hoje também foram divulgadas informações da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) sobre os antecedentes criminais dos familiares acusados pela execução. No documento de quase 150 páginas, é informado que Ferdinando Tonelli, sogro da vítima, responde por um crime de homicídio na Itália. Delma e o filho, Pablo Richardson, também têm acusações no exterior.
Delma Freire, tida pela Polícia como mandante do homicídio, responde na Itália por crimes de invasão de domicílio e lesão corporal. "Provavelmente contra Jennifer", revela o delegado Joselito Kehrle. Seu filho, Pablo Tonelli, possui duas passagens pela polícia italiana, em 2003 e 2005, por roubos cometidos na cidade de Forli.
Jennifer, segundo a Interpol, também prestou queixa contra o companheiro durante a estada deles na Itália. Em junho de 2009, ela foi até a polícia de Coriano e acusou o marido de tê-la agredido. Ela não tem passagem pela polícia e trabalhava como vendedora numa loja de roupas.
O italiano Ferdinando Tonelli é acusado de homicídio. Contra ele também pesa o crime de violação às leis de construção. Ele tinha uma empresa de construção civil, a FPT, iniciais de Ferdinando e Pablo Tonelli. "O seguro foi feito em março de 2009, desde então o crime começou a ser planejado", complementou Kehrle. Segundo o delegado, Ferdinando fez dois seguros, um em nome de Jennifer e outro em nome de Pablo, para não levantar suspeitas. "Ferdinando também foi mentor da execução, tendo Delma à frente", concluiu. Para a psiquiatria, de acordo com Kehrle, ele seria um psicopata complementar. [Delegado fala sobre ideia de ocultação do cadáver, possível destino do dinheiro do seguro e a personalidade de Ferdinando. Assista]
Em caso da morte de ambos, até mesmo por assassinato, o italiano receberia 500 mil euros, equivalente a mais de R$ 1 milhão. Deficiência ou incapacidade renderia 100 mil euros, no caso de Jennifer, e 125 mil euros, no caso de Pablo. Delegados do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) afirmaram que Pablo nega ter conhecimento desse seguro. No entanto, a assinatura dele consta no documento.
No entendimento da Polícia Civil, o dinheiro da apólice do seguro motivou a morte da alemã. O crime foi planejado ainda na Itália. O Ministério Público de Pernambuco acusa os suspeitos de homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha. Delma ainda responde por fraude processual, já que tentou enganar a Polícia ao contratar um ex-presidiário para assumir a culpa pelo assassinato.
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Fonte: Jc online
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