Rio de Janeiro - O Ministério das Cidades vai apoiar a reconstrução ou reforma das casas atingidas pelos deslizamentos de terras ocorridos no final do ano passado no município de Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense, disse hoje (4) o ministro Márcio Fortes.
“Teremos que agir para disponibilizar casas para aqueles que perderam. Temos que ver a questão da reforma das casas, quando for o caso, se não tivermos que fazer a remoção, como ocorreu em Santa Catarina”, afirmou Fortes. Em Angra, uma das áreas mais atingidas por deslizamentos de terra foi a Ilha Grande.
O ministério começará a atuar depois que forem concluídos os trabalhos de busca e resgate de vítimas pela Defesa Civil, informou Fortes. Segundo ele, o órgão aguarda a definição do número de habitações que terão de ser reformadas ou reconstruídas para que haja uma ideia do montante financeiro que será necessário.
“Primeiro entra a Defesa Civil, com o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. Depois, entra a Saúde. Entramos em um segundo momento, quando houver estabilização da encosta, para verificar se é conveniente manter [as pessoas] no mesmo local ou fazer a remoção e construir em outras áreas. É preciso saber onde há terras disponíveis e quantas casas terão de ser reconstruídas”.
O ministro disse que vários programas poderão ser usados na reconstrução ou realocação das casas prejudicadas pelas fortes chuvas que causaram, até agora, 50 mortes em Angra dos Reis e na Ilha Grande. Entre eles, o Minha Casa, Minha Vida, o Fundo de Habitação de Interesse Social e o Crédito Solidário. “Temos várias alternativas para atender essas populações que foram vítimas de catástrofes”.
Na Baixada Fluminense, onde várias cidades também foram prejudicadas pelas fortes chuvas na virada do ano, o Ministério das Cidades já tem em andamento vários projetos de micro e macro drenagem, no valor de R$ 1,1 bilhão. “Micro e macro drenagem servem para conter as águas pluviais, para conter inundações”.
Outros projetos estão voltados às áreas de saneamento e esgotamento sanitário, envolvendo despoluição dos rios. Fortes destacou também que são feitas operações de dragagem para evitar inundações e a poluição. Em todo o Brasil, o ministério apoiou projetos com essa finalidade em 2009, com recursos que alcançaram R$ 4,5 bilhões. Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro foram alguns dos estados beneficiados.
O ministro alertou que em Angra, a exemplo do que ocorre em regiões de várzeas, é preciso ter cuidado com a geologia para que não se construam casas em áreas de risco. “É preciso fazer um ajuste novo entre a geologia e a climatologia, porque o clima tem mudado, a intensidade das chuvas tem sido acima do normal. O que poderia parecer mais ou menos tranquilo para a geologia algum tempo atrás, hoje em dia tem que ser repensado em função da nova realidade climática, que provoca ventos e ciclones extra tropicais no Sul e chuvas muito intensas na Região Sudeste.”
Fonte: Agência Brasil
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