Um rapaz de 17 anos usou o celular para filmar o momento em que executava um homem a tiros, na periferia de Salto, a 108 quilômetros de São Paulo. Ele cobrava uma dívida de drogas e fez a filmagem para provar que tinha matado o devedor. O corpo da vítima, identificada apenas pelo prenome de Dênis, foi jogado numa pedreira e, até esta tarde, não tinha sido encontrado.
O crime só foi descoberto porque o menor foi parado numa blitz de rotina, de madrugada, na região central da cidade. Ele estava com uma arma e foi levado para a Delegacia de Polícia. Quando examinavam os pertences do acusado, os policiais se surpreenderam com as imagens gravadas no celular.
Elas mostram o menor fazendo pose ao lado do corpo e exibindo o revólver calibre 22 que teria sido usado no crime. Além da arma, os policiais apreenderam vários projéteis, alguns deles já usados. Ouvido na presença da mãe e de um advogado, o rapaz confessou o crime.
De acordo com o delegado seccional de Sorocaba, André Moron, o menor integra uma facção criminosa que age nos presídios e era incumbido de cobrar dívidas de drogas. Ao saber que a vítima estava usando drogas na pedreira, que fica no meio de um matagal ele foi até o local e a executou com vários tiros. Depois jogou o corpo numa grande cava existente no local. Policiais e bombeiros vasculhavam a área, de difícil acesso, na tentativa de encontrar o cadáver.
Moron disse que o rapaz não demonstrou arrependimento. "Ele se deu ao luxo de gravar as imagens para mostrar aos amigos como prova de coragem e para se gabar do crime." O acusado permanecia detido numa cela destinada a menores na cadeia de Salto.
Fonte: Agência Estado
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