Os 3 Protocolos de Intenções que foram assinados no início da tarde desta sexta-feira (26), juntos, vão trazer ao Estado mais de R$ 1 bilhão em investimentos. No Palácio do Campo das Princesas, onde assinou os documentos, o governador Eduardo Campos demonstrou otimismo: "Pernambuco retomou seu futuro". A construção da primeira fábrica de vidros planos do Nordeste, em Goiana, Zona da Mata de Pernambuco, e 2 estaleiros no Porto de Suape, juntos, criarão 6.570 empregos diretos e 8.700 indiretos, nas contas dos empresários e do governo.
ESTALEIROS - Segundo o secretário de desenvolvimento econômico, Fernando Bezerra Coelho, o anúncio dos dois estaleiros vai fazer "o dia de hoje ser lembrado como aquele em que se consolidou o maior polo naval do Brasil".
O grupo coreano STX Europe espera construir em até três anos uma unidade de construção de embarcações, com investimentos de $350 milhões de dólares e gerar 1,2 mil empregos diretos e 6 mil indiretos. A multinacional conta com 15 estaleiros pelo mundo e atua nas áreas de construção de embarcações, maquinarias e projetos navais. É a 4ª do mundo em número de encomendas de navios.
O outro estaleiro vai ser construído pelo grupo português MPG Shipyards, que vai produzir equipamentos para navios e projetos eólicos, que incluem, segundo, Carlos Costa, diretor-geral de estaleiro da MPG, "plataformas de produção de energia eólica de última geração". Os portugueses investirão US$ 140 milhões e esperam produzir 1.2 mil novos empregos diretos e 6 mil indiretos.
Eduardo Campos afirmou que Suape vai ser um porto que vai ajudar o desenvolvimento do Brasil inteiro e "fazer florescer a indústria naval brasileira". Com esses dois empreendimentos, serão seis os estaleiros previstos para operar em Suape.
FÁBRICA - A Companhia Brasileira de Vidros Planos - CBVP - vai ser construída por R$ 330 milhões, injetados pelo Grupo Cornélio Brennand. O empreendimento será localizado em Goiana. Espera-se que sua construção gere 400 empregos, e sua operação cerca de 370 novos empregos diretos e mais de 1,5 mil indiretos.
A CBVP projeta um faturamento de R$ 300 milhões/ano, e terá como principal cliente a indústria da construção civil, podendo produzir, ainda, para o setor automobilístico. A produção estará destinada a atender preferencialmente os mercados das regiões Nordeste e Norte e suprir parte da demanda de alguns estados do Centro-Oeste e Sudeste.
“A empresa será implantada em um momento bastante favorável para a construção civil no país, com perspectivas de continuidade de forte crescimento ao longo dos próximos anos e a escolha por Pernambuco se deveu a sua localização estratégica em relação aos outros estados da região”, enfatiza Paulo Drummond, Diretor Executivo da CBVP. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e os incentivos fiscais do Governo do Estado, através do Prodepe, foram fundamentais para a decisão.
O projeto contará com uma área construída de 80 mil metros quadrados e capacidade instalada anual de 260 mil toneladas, o equivalente a 30 milhões de metros quadrados de vidros planos por ano. O governador Eduardo Campos afirmou que é "uma planta que vai ajudar a construção civil de Pernambuco e, pelo seu tamanho, vai ajudar o Nordeste inteiro".
Do JC Online
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