quarta-feira, 10 de março de 2010

Por unanimidade, Justiça nega pedido de habeas corpus dos Tonelli

Por unanimidade, foi negado o pedido de habeas corpus para Ferdinando e Pablo Tonelli, acusados de participação no assassinato da turista alemã Jeniffer Marion Kloker e presos desde o dia 23 de fevereiro. O julgamento aconteceu na 2ª Câmara Criminal do Tribunal da Justiça de Pernambuco, na tarde desta quarta-feira (10).

Por volta das 14h, a procuradora Maria Tereza Oliveira releu o parecer do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contrário ao pedido de habeas corpus de pai e filho. O advogado da dupla, Célio Avelino, falou na sequência, defendendo que a prisão preventiva foi feita de forma ilegal. "Assim como deixaram Delma [Freire, sogra da vítima] solta, apenas apreendendo o passaporte dela, e ela está colaborando com as investigações, deveriam ter feito o mesmo com Pablo e Ferdinando", disse Avelino. O defensor também acrescentou que "no decreto não há uma só linha indicando a imprescindibilidade da prisão".

Em coletiva após o julgamento, que contou com a presença de Delma Freire, o desembargador Antônio de Melo Lima rebateu Avelino: "A simples apreensão dos passaportes dos suspeitos dificultaria a saída deles do País, mas não do Estado".

O advogado deverá recorrer da decisão no Superior Tribunal da Justiça nos próximos dias. A prisão de Pablo e Ferdinando é de 30 dias, renovável por mais 30. A polícia ainda pode pedir a prisão preventiva da dupla, se terminar o inquérito este mês.

INVESTIGAÇÃO - Atualmente, a polícia espera a chegada da irmã de Pablo e filha de Delma Freire, Roberta Freire, 27. Brasileira radicada na Itália, ela abrigou Jennifer quando a alemã teria sido expulsa por Pablo. Nesse período, ela e a alemã ficaram muito amigas. “Eu fiz o possível e o impossível por ela, mas não foi suficiente”, afirmou Roberta, em entrevista ao JC, na qual anunciou o interesse em ficar com a guarda do filho da alemã. A polícia também mantém esperanças de conseguir localizar a arma do crime e de achar um cúmplice de Pablo e Ferdinando no crime.

Hoje, o Instituto de Criminalística (IC) está trabalhando no resultado da reconstituição do crime, feita com a participação da família Tonelli, e também em um laudo no passaporte do filho de Jennifer, de 3 anos. A desconfiança é que o documento possa ter sido falsificado, já que tem uma rasura na área reservada ao acompanhante do garoto. Amigos que conviveram com a alemã na Itália apontam que a guarda do menino e um seguro de vida no nome de Jennifer tendo Ferdinando como favorecido são as causas mais prováveis para o assassinato.

A versão dos Tonellis é de que Jennifer foi assassinada após ficar nervosa durante um assalto, por dois homens que abordaram o veículo em que estava a família.


Do JC Online

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