O desembargador Antonio de Melo e Lima, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, negou nesta sexta-feira (26), mais uma vez, o habeas corpus para Pablo e Ferdinando Tonelli, viúvo e sogro da alemã Jennifer Kloker, morta no último dia 17, em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife.
Segundo o magistrado, não existe nada ilegal na prisão preventiva da dupla. Ele escreveu na decisão, ainda que o parecer do Ministério Público, entregue pela defesa dos acusados, "apresentou, de forma exaustiva, os motivos concretos que apontam para a imprescindibilidade da custódia temporária dos pacientes”.
Uma nova análise da questão será julgado pela 2ª Câmara Criminal do TJPE, que se reúne nessa próxima quartas-feira, a partir das 14h.
O CASO - A turista alemã Jennifer foi assassinada no último dia 16. O corpo foi encontrado na BR-408, em Nazaré da Mata, próximo ao Terminal Integrado de Passageiros (TIP), no Grande Recife, com quatro perfurações à bala. Segundo a família, dois homens em uma moto encostaram no veículo onde Jennifer estava com o marido, os sogros e o filho de 2 anos e obrigaram Pablo Tonelli, que dirigia o carro, a parar. Os supostos ladrões, então, teriam obrigado a família a sair do carro e entregar todos os pertences. Um dos bandidos teria levadoJennifer no automóvel e o outro seguiu de moto. A jovem foi encontrada morta às margens da rodovia. Os exames revelaram que ela não sofreu abuso sexual.
Um dos principais indícios obtidos pela polícia contra a família Tonelli vem do GPS do Gol alugado pela família. O sistema de localização mostra que o carro fez trajeto diferente do informado por Pablo Tonelli, em depoimento à polícia.
Outro ponto que chama a atenção da polícia é a turbulenta relação de Jennifer e Pablo na cidade de Coriano, na província de Rimini, na Itália. A alemã prestou queixa por agressão contra ele. A acusação foi retirada logo depois. O casal chegou a se separar por dois meses, período em que Jennifer teria morado com uma prima do rapaz. Nesta quinta-feira, a imprensa local divulgou o resultado do exame residuográfico realizado em Pablo e Ferdinando. O exame apontou a existência de pólvora nas mãos dos suspeitos, ou seja, eles usaram uma arma.
Com relação a um exame feito nas mãos de Pablo e Ferdinando que detectou a presença de pólvora nas mãos dos dois, o advogado do sogro e do marido da turista, Célio Avelino, afirmou que o resultado "não tem o menor valor científico, não serve para estabelecer um juízo de condenação ou de absolvição, apenas serve de orientação".
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