A comissão parlamentar de inquérito (CPI) que vai investigar o suposto esquema de corrupção no governo do Distrito Federal reúne-se nesta terça-feira (9) para tentar eleger seu novo presidente. a reunião foi convocada pelo vice-presidente da comissão, Batista das Cooperativas (PRP) com esta finalidade. O cargo está vago desde o dia 26 de janeiro com a renúncia de Alírio Neto (PPS).
Para que a eleição do novo presidente ocorra, é necessária a indicação do substituto para a vaga aberta com a saída da deputada Eliana Pedrosa (DEM), no final do mês passado. Em último caso, o nome terá de ser indicado pelo presidente da Câmara, Wilson Lima (PR).
O deputado Raad Massouh (DEM) passou a integrar nesta segunda-feira (8) a CPI, em substituição ao segundo suplente Geraldo Naves (DEM), que deixou a comissão na última sexta-feira (5) e também a presidência da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), responsável pela análise dos pedidos de impeachment contra o governador José Roberto Arruda (sem partido), que seria o chefe do suposto esquema de corrupção.
Geraldo Naves anunciou sua saída horas depois de confirmar que entregou ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como Edson Sombra, um bilhete escrito por Arruda. Sombra apresentou o bilhete à Polícia Federal (PF) como prova de que vinha sendo pressionado para mudar seu depoimento sobre o suposto esquema de pagamento de propina no governo do Distrito Federal e na Câmara Legislativa.
Naves negou que o bilhete faça parte de uma tentativa de suborno. Segundo o deputado distrital, o recado do governador tinha o objetivo de tranquilizar o jornalista, que, segundo ele, temia que houvesse redução de anúncios publicitários e patrocínio para seu jornal por causa do escândalo revelado pelo ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa.
A denúncia de tentativa de suborno levou Rodrigo Diniz Arantes a pedir desligamento do cargo de secretário particular de Arruda, de quem é sobrinho. Arantes foi apontado por Antonio Bento como articular da ação. Membro do Conselho Fiscal do Metrô há quatro anos e funcionário no jornal de Sombra, Bento foi preso na última quinta-feira (4), quando tentava entregar R$ 200 mil ao jornalista. Ele seria um emissário de Arruda para tentar subornar a testemunha.
“Meu nome foi citado indevida e maldosamente pelo senhor Antônio Bento da Silva numa história fantasiosa e absurda, construída como parte da farsa arquitetada contra o Governador José Roberto Arruda”, diz a nota divulgada por Rodrigo Arantes. Os advogados de Arruda negam o envolvimento do governador na tentativa de suborno.
Fonte: Agência Brasil
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