O comitê de campanha do candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, aproveitou o Dia do Professor, comemorado hoje (15), para organizar um encontro entre Serra e professores que assinaram um manifesto de apoio ao tucano. Segundo os organizadores, mais de 1,5 mil pessoas participaram do ato no bairro da Barra Funda, em São Paulo.
Além de receber o manifesto organizado pela ex-secretária estadual de Educação do governo Serra, Marilena Guimarães de Castro, Serra prometeu, se eleito, manter o atual Programa Universidade para Todos (ProUni) e criar um programa semelhante para o ensino técnico, inicialmente chamado de Protec, com o qual planeja criar 1 milhão de novas matrículas no ensino profissionalizante. O candidato também afirmou que, na Presidência, vai valorizar os professores do ensino público, combater a repetência e a evasão escolar, sobretudo no ensino médio, e reformular o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Serra também afirmou que o vazamento de dados pessoais de milhares de estudantes que participaram da última prova do Enem desmoralizou o processo criado em 1998 para testar o nível de conhecimento dos estudantes do ensino médio e usado como forma de seleção das principais universidades públicas federais. "O Enem tem que ser refeito porque a utilização política e propagandística acabou arruinando o exame ao expor os dados pessoais dos jovens", disse.
O candidato também disse achar necessário que o Estado brasileiro gaste mais com o setor, mas destacou que o mais importante é usar o dinheiro já existente de forma mais eficiente. "É preciso cortar desperdícios, administrar as prioridades e combater a sonegação", alegou o candidato, criticando o PT por "aparelhar a Educação" e alegando que o número de formandos pelas universidades federais caiu entre os anos de 2002 e 2008, enquanto dobraram nas instituições estaduais.
"Temos que recuperar o planejamento do ensino universitário, ter uma coordenação, e hoje o que há é capacidade ociosa, universidades ruins e a queda do número de formandos, o que é incrível", explicitou Serra.
Após dizer que a nota média da educação nacional é baixa, o ex-governador de São Paulo comentou as críticas que entidades representativas dos professores paulistas fazem a gestões tucanas, sobretudo a iniciativas como a política de bonificação dos docentes com base no mérito pessoal. "Sempre tem [manifestações]. É impossível haver unanimidade, mas a educação [em São Paulo] está indo adiante e mesmo as questões da ênfase no mérito ou no incentivo são defendidas por alguns petistas distraídos. A própria candidata [Dilma Rousseff] e o ministro da Educação [Fernando Hadadd] já fizeram isso", disse.
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