sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Polêmica sobre aborto marca propaganda dos presideciáveis na TV

SÃO PAULO - A polêmica em torno da questão do aborto marcou a primeira propaganda do segundo turno na TV dos candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).

Ao afirmar ter valores cristãos, o tucano disse que não muda de opinião na véspera de eleição e sempre condenou o ato. O presidenciável prometeu criar um programa voltado para as mulheres grávidas.

"O dom da vida é o mais bonito e o mais sagrado que a gente recebe. Mãe brasileira, um programa do Serra que vai cuidar da mãe e proteger a vida do bebê muito antes dele nascer. Consultas de pré-natal, apoio para a saúde da mãe e do bebê. Mãe brasileira, a favor da vida, a favor do Brasil", disse o locutor.

Serra agradeceu os eleitores pelo segundo turno e elogiou a participação da candidata derrotada Marina Silva (PV), que conquistou quase 20 milhões de votos. O tucano ainda reiterou suas propostas de campanha e insistiu na comparações entre ele e Dilma, que teria, na sua opinião, um currículo menos extenso em termos de vida pública e experiência administrativa.

Foram veiculadas mensagens de apoio de Aécio Neves (PSDB) e dos governadores eleitos de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), do Paraná, Beto Richa (PSDB) e de Santa Catarina, Raimundo Colombo (DEM).

Já a petista, que afirmou ser vítima de calúnias, rechaçou os boatos de que seria a favor do aborto e prometeu uma campanha em favor da vida. "Estou sofrendo na pele uma das campanhas mais caluniosas que o Brasil já viu", declarou. O programa do PT ressaltou que existe uma tentativa de difamar Dilma através de mentiras veiculadas na internet.

"Infelizmente, uma corrente do mal tem utilizado a rede para espalhar anonimamente mentiras contra Dilma. Não acredite nelas. Dilma é uma mulher honesta, que respeita a vida e as religiões", disse uma das apresentadoras. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também gravou um depoimento de apoio, no qual disse que sofreu o mesmo tipo de crítica no passado.

A propaganda de Dilma também partiu para o ataque contra os tucanos ao afirmar que no "Brasil de Serra e FHC" não terá Bolsa Família e Luz para Todos. Outras mensagens de apoio partiram dos governadores eleitos, como Eduardo Campos (PSB) em Pernambuco, Jaques Wagner (PT) na Bahia, Sérgio Cabral (PMDB) no Rio e Tarso Genro (PT) no Rio Grande do Sul.

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