terça-feira, 4 de maio de 2010

Um dia para suprir lacunas

Corrigir os erros e encontrar os substitutos para os desfalques: problemas para Givanildo Oliveira e Alexandre Gallo resolverem hoje

Fica difícil definir quem perdeu mais com os desfalques, Náutico ou Sport. Da mesma forma, será complicado para os técnicos Alexandre Gallo e Givanildo Oliveira corrigirem as deficiências apresentadas na primeira partida decisiva do Estadual. Não há tempo suficiente. Resta apenas um treino antes da decisão de amanhã na Ilha do Retiro. Será hoje à tarde. Dia de encontrar o tão famoso "detalhe". Não aquele que decide os clássicos. Aquele que decidirá o título.

Principal desafio de Givanildo está no setor de articulação. Foto: Inês Campelo/DP/D.A Press
Há treinadores descrentes da eficácia dos treinos de véspera. Mesmo em casos de decisão. Preferem os recreativos. A descontração é útil para conter a ansiedade, relaxar. É também uma forma de evitar contusões de última hora e o desgaste desnecessário. Outros comandantes, no entanto, utilizam todo o tempo disponível para ensaiar um posicionamento, treinar uma jogada ensaida, enfim, planejar algo capaz de surpreender o adversário. Vale, inclusive, treino secreto.

Este deve ser o caso do Náutico. Alexandre Gallo, muito provavelmente, fechará os portões do CTda Guabiraba à imprensa na tarde de hoje. Mistério do qual Gallo é adepto e que surtiu efeito na primeira partida da final, nos Aflitos. O próprio técnico rubro-negro admitiu ter ficado surpreso diante da formação alvirrubra com três atacantes. Ousadia aplicada porque o Náutico jogava em casa com a obrigação de vencer. Será?

Certo é que Gallo terá duas difíceis escolhas para fazer. O treinador encontrou a solução para as duas alas alvirrubras no improviso. Derley, na direita, e Zé Carlos, na esquerda, deram vida a setores improdutivos. Os dois estão suspensos. Derley devido ao terceiro cartão amarelo. Zé Carlos pela expulsão. Entre os candidatos à titularidade, Daniel, que depende da liberação do departamento médico, Eduardo Eré e Márcio Tinga.

Alexandre Gallo perdeu força e fôlego nas duas alas. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
No caso rubro-negro, os desfalques de Eduardo Ramos e Dutra podem fazer Givanildo Oliveira mudar a "tradição" e substituir o recreativo no campo auxiliar por um treino tático. O treinador perdeu os seus dois principais articuladores. Os reservas imediatos são Ricardinho e André Luiz, jogadores que possuem estilos diferente dos titulares. Além disso, o time leonino passou a maior parte do primeiro tempo do clássico dos Aflitos taticamente perdido. Só corrigindo os erros conseguirá reverter a vantagem alvirrubra e comemorar o pentacampeonato.

Pênaltis - Como existe a possibilidade do título ser disputado nos pênaltis, as duas equipes certamente vão treinar cobranças no treino de hoje. Ou até mesmo deixar para fazê-lo na manhã desta quarta-feira. A hipótese de a taça ser disputada nos pênaltis está restrita à vitória do Sport por 3 x 2. A última vez que houve uma final no Campeonato Pernambucano, em 2006, o Sport sagrou-se campeão na disputa de pênaltis.

Eduardo Ramos

O jogador começou o ano como segundo volante, mas logo mostrou qualidade para se tornar o principal articulador do Sport. Tem um passe preciso, boa visão de jogo e finaliza bem. Está sempre próximo da área adversária, o que representa sempre um perigo. Em 27 jogos na temporada (contabilizando a Copa do Brasil), marcou 11 gols. Como era volante, possui capacidade de marcação, mesmo pouco tendo feito nesse sentido nos jogos recentes.

Derley

A suspensão de Derley ocorreu em momento ingrato. Justamente quando o volante se adaptou à posição de lateral-direito, onde utiliza o espaço para dar apoio ao ataque e conter as investidas adversárias. Carece de habilidade para os cruzamentos, mas esbanja poder de marcação e ousadia através de chutes perigosos. Usa a tática do "abafa". Para piorar a situação, o titular Daniel se recupera de lesão e possui pouca chance de atuar.

Dutra

O "menino" Dutra, de 36 anos, era o termômetro da equipe rubro-negra. Forte no apoio, era uma válvula de escape no setor ofensivo quando a bola não conseguia passar nos pés de Eduardo Ramos. Sempre tabelando na frente, Dutra acaba prendendo bem as subidas do adversário pelo lado direito, que vê no jogador uma peça fundamental no esquema do Leão. Fora isso, a força na marcação, sem trégua para os atacantes.

Zé Carlos

O meia é outro improviso da lateral timbu, apesar de já ter exercido a função quando vestiu as camisas de Botafogo e Goiás. Ao contrário de Derley, detém mais "intimidade" para assistências, cruzamentos e lances de mais ginga. Peca quando o assunto é marcação. Supre o rápido desgaste físico com valentia. É líder dentro e fora de campo. Solucionou o "calo" da ala esquerda alvirrubra. Mas trouxe o problema para a decisão.


Fonte: Diario de PE

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