São Paulo - Quando anunciou os 23 convocados para a Copa do Mundo, o técnico Dunga avisou: "Peço desculpa ao torcedores, mas vocês dificilmente terão informações sobre a Seleção Brasileira." Os jogadores só se apresentam nesta sexta-feira, em Curitiba, mas o clima de mistério começou ontem, no Centro de Treinamento do São Paulo.
Dores na coxa ainda incomodam Kaká, que demonstrou tranquilidade.Foto: Nelson Antooine/Foto Arena/AE
Lesionados, Kaká, o camisa 10, e Luís Fabiano, dono da 9, desembarcaram pela manhã, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, sem mordaça. Descontraídos, minimizaram as suas contusões e prometeram estar em forma em 15 de junho, dia da estreia da Seleção Brasileira contra a Coreia do Norte, no Ellis Park, em Johannesburgo. Mais tarde, após o encontro com o fisioterapeuta tricolor e da esquadra verde-amarela, Luiz Alberto Rosan, as estrelas do time de Dunga foram blindadas. A ponto de ambos saírem do CT em um carro com vidros escuros e sem direito a uma palavrinha com a imprensa.
Luís Fabiano disputaria hoje a final da Copa do Rei, contra o Atlético de Madrid. Se a contusão é leve, apenas uma "contraturazinha", como disse o próprio jogador, por que o Sevilla liberaria seu principal jogador justamente no dia em que o clube pode conquistar o único título na temporada?
E Kaká? O maior astro da Seleção ficou fora da partida mais importante do Real Madrid no Campeonato Espanhol, no último domingo, que poderia dar ao time merengue o título nacional. Mas as dores na coxa ainda incomodam o rendimento do craque. Ele ficou fora do empate com o Málaga e viu o Barcelona faturar o bicampeonato.
No aeroporto, Luís Fabiano e Kaká demonstraram certa tranquilidade. No entanto, deixaram escapar que não estão 100% fisicamente. Acompanhado pela família e por funcionários particulares, Kaká lamentou o início de semestre e pediu tempo para estar totalmente recuperado. "Foi uma temporada muito difícil, mas até a Copa tenho tempo para estar preparado. Até lá, espero estar 100%. Temos exemplos de jogadores que não chegaram tão bem fisicamente ao Mundial e foram bem", garantiu Kaká.
O Fabuloso, que chegou sozinho da Espanha, caiu em contradição. "Tenho uma lesão pequena. Amanhã (hoje) é uma final muito importante para o Sevilla, mas não tenho condição de jogar. Não vou me arriscar a agravar ainda mais a lesão", argumentou.
Fabiano não quis arriscar agravar a "contraturazinha" e ficou fora da final da Copa do Rei. Foto: JB Neto/AE
Artilheiro da Seleção Brasileira na era Dunga, com 19 gols, o atleta teme ficar fora da Copa, efetivar Grafite no ataque e fazer com que o técnico Dunga tenha de apelar a Diego Tardelli, o único atacante na lista de sete suplentes encaminhada à Fifa. "Em poucos dias estarei recuperado. Não garanto que estarei 100% na sexta, mas com certeza mais que duas semanas não é preciso", prevê o Fabuloso.
Runco e Rosan - Mais uma vez a performance das maiores estrelas do Brasil na Copa do Mundo está nas mãos do departamento médico da CBF, capitaneado pelo médico José Luís Runco e pelo fisioterapeuta Luiz Alberto Rosan. Em 2002, os dois foram responsáveis pela recuperação de Rivaldo e Ronaldo, principais jogadores do pentacampeonato na Copa da Coreia do Sul e do Japão. Agora, eles têm a missão crucial de colocar em forma Kaká e Luís Fabiano, os astros da equipe de Dunga, em menos de um mês.
A julgar pelo histórico a frente da Seleção, Runco e Rosan merecem algum crédito. Ambos foram fundamentais para o retorno vitorioso de Ronaldo aos gramados em 2002, quando o atacante que estava no departamento médico fazia dois anos se consagrou como o maior artilheiro em todas as Copas. Além de Rivaldo, que se apresentou ao técnico Luiz Felipe Scolari com um estiramento no ligamento do joelho, a dupla recuperou o atacante Luizão e o lateral-esquerdo Roberto Carlos, ambos fora de forma.
Mas apesar do departamento médico gabaritado, a Seleção Brasileira tem um histórico de cortes que preocupa. De 1970 até hoje, apenas no Mundial de 1990 nenhum jogador foi cortado do grupo por lesão. Os últimos que deixaram o elenco brasileiro às vésperas da Copa do Mundo foram Ricardo Gomes (1994), Romário (1998), Emerson (2002) e Edmílson (2006).
Dores na coxa ainda incomodam Kaká, que demonstrou tranquilidade.Foto: Nelson Antooine/Foto Arena/AE
Lesionados, Kaká, o camisa 10, e Luís Fabiano, dono da 9, desembarcaram pela manhã, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, sem mordaça. Descontraídos, minimizaram as suas contusões e prometeram estar em forma em 15 de junho, dia da estreia da Seleção Brasileira contra a Coreia do Norte, no Ellis Park, em Johannesburgo. Mais tarde, após o encontro com o fisioterapeuta tricolor e da esquadra verde-amarela, Luiz Alberto Rosan, as estrelas do time de Dunga foram blindadas. A ponto de ambos saírem do CT em um carro com vidros escuros e sem direito a uma palavrinha com a imprensa.
Luís Fabiano disputaria hoje a final da Copa do Rei, contra o Atlético de Madrid. Se a contusão é leve, apenas uma "contraturazinha", como disse o próprio jogador, por que o Sevilla liberaria seu principal jogador justamente no dia em que o clube pode conquistar o único título na temporada?
E Kaká? O maior astro da Seleção ficou fora da partida mais importante do Real Madrid no Campeonato Espanhol, no último domingo, que poderia dar ao time merengue o título nacional. Mas as dores na coxa ainda incomodam o rendimento do craque. Ele ficou fora do empate com o Málaga e viu o Barcelona faturar o bicampeonato.
No aeroporto, Luís Fabiano e Kaká demonstraram certa tranquilidade. No entanto, deixaram escapar que não estão 100% fisicamente. Acompanhado pela família e por funcionários particulares, Kaká lamentou o início de semestre e pediu tempo para estar totalmente recuperado. "Foi uma temporada muito difícil, mas até a Copa tenho tempo para estar preparado. Até lá, espero estar 100%. Temos exemplos de jogadores que não chegaram tão bem fisicamente ao Mundial e foram bem", garantiu Kaká.
O Fabuloso, que chegou sozinho da Espanha, caiu em contradição. "Tenho uma lesão pequena. Amanhã (hoje) é uma final muito importante para o Sevilla, mas não tenho condição de jogar. Não vou me arriscar a agravar ainda mais a lesão", argumentou.
Fabiano não quis arriscar agravar a "contraturazinha" e ficou fora da final da Copa do Rei. Foto: JB Neto/AE
Artilheiro da Seleção Brasileira na era Dunga, com 19 gols, o atleta teme ficar fora da Copa, efetivar Grafite no ataque e fazer com que o técnico Dunga tenha de apelar a Diego Tardelli, o único atacante na lista de sete suplentes encaminhada à Fifa. "Em poucos dias estarei recuperado. Não garanto que estarei 100% na sexta, mas com certeza mais que duas semanas não é preciso", prevê o Fabuloso.
Runco e Rosan - Mais uma vez a performance das maiores estrelas do Brasil na Copa do Mundo está nas mãos do departamento médico da CBF, capitaneado pelo médico José Luís Runco e pelo fisioterapeuta Luiz Alberto Rosan. Em 2002, os dois foram responsáveis pela recuperação de Rivaldo e Ronaldo, principais jogadores do pentacampeonato na Copa da Coreia do Sul e do Japão. Agora, eles têm a missão crucial de colocar em forma Kaká e Luís Fabiano, os astros da equipe de Dunga, em menos de um mês.
A julgar pelo histórico a frente da Seleção, Runco e Rosan merecem algum crédito. Ambos foram fundamentais para o retorno vitorioso de Ronaldo aos gramados em 2002, quando o atacante que estava no departamento médico fazia dois anos se consagrou como o maior artilheiro em todas as Copas. Além de Rivaldo, que se apresentou ao técnico Luiz Felipe Scolari com um estiramento no ligamento do joelho, a dupla recuperou o atacante Luizão e o lateral-esquerdo Roberto Carlos, ambos fora de forma.
Mas apesar do departamento médico gabaritado, a Seleção Brasileira tem um histórico de cortes que preocupa. De 1970 até hoje, apenas no Mundial de 1990 nenhum jogador foi cortado do grupo por lesão. Os últimos que deixaram o elenco brasileiro às vésperas da Copa do Mundo foram Ricardo Gomes (1994), Romário (1998), Emerson (2002) e Edmílson (2006).
Diario de PE
Nenhum comentário:
Postar um comentário