O advogado de defesa do estudante de direito que matou um homem após tentativa de assalto a um empresário no fim da tarde desta segunda-feira (3), no bairro da Estância, Zona Oeste do Recife, entrou com um pedido de liberdade provisória nesta terça-feira (4).
O estudante, de 46 anos, foi encaminhado ao Centro de Triagem, em Abreu e Lima (Cotel), por porte ilegal de armas, já que tanto o registro da pistola 380 usada no crime, quanto o registro de porte de armas estavam vencidos.
O advogado Carlos Queiroz acredita que seu cliente deve ser liberado ainda no início da tarde desta terça-feira (4). Segundo ele, não há nada que impeça o procedimento. "Ele é réu-primário, tem residência fixa, contribui para o Estado. Está tudo certo", declarou o defensor. O fato do estudante ter atirado e matado o assaltante não está em foco porque a própria polícia entendeu como legítima defesa.
O crime aconteceu no fim da tarde dessa segunda, quando dois homens numa moto tentaram assaltar um empresário de 22 anos, no cruzamento da Avenida Recife com a Rua Marquês de Itanhaém. A vítima tinha acabado de sair de um banco em Boa Viagem, na Zona Sul, e estava voltando para casa. Durante a abordagem dos bandidos, o empresário não abriu a janela do carro, e o rapaz que estava na garupa da moto acabou atirando contra o vidro que era blindado.
Depois dessa ação, o estudante de direito que estava em outro carro atrás da caminhonete do empresário atirou contra os bandidos. Um dos suspeitos, identificado como Luciano Liberato da Silva, morreu na hora com um tiro na nuca. O comparsa dele, que pilotava a moto, fugiu.
Já na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Imbiribeira, o estudante de direito, autor do disparo que matou o bandido, disse que o assaltante chegou a apontar a arma para ele, e que os tiros foram em legítima defesa.
O corpo do assaltante ainda está no Instituto de Medicina Legal do Recife (IML) aguardado contato da família, que ainda não foi ao local.
O processo foi recebido pelo delegado de plantão Humberto Ramos. Porém as investigações ficarão por conta da delegada Silvana Lélis, que só deve receber documentação sobre o caso, com a ordem para início das investigações, na manhã da quarta-feira (5). No entanto, a delegada afirma que já começou as investigações por conta própria. "Nós não estamos só atrás do comparsa, estamos investigando outras questões também", declarou Silvana Lélis.
Fonte: Jc online
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