sexta-feira, 30 de julho de 2010

Promotora dá parecer contrário à libertação de Ferdinando Tonelli

A promotora criminal da Comarca de São Lourenço da Mata, Ana Cláudia Walmsley, emitiu parecer contrário à liberação do italiano Ferdinando Tonelli, um dos indiciados pelo assassinato da alemã Jennifer Kloker. De acordo com os argumentos da promotora, a prisão cautelar preventiva se mostra imprescindível para o resguardo da ordem pública e para o bom andamento da instrução criminal, evitando que o mesmo venha a cometer outros delitos, inclusive a fuga.

O pedido de revogação foi feito pelo advogado do estrangeiro, André Botelho, argumentando que Ferdinando Tonelli estaria doente e sem receber os devidos cuidados médicos, apesar de ter autorização judicial para ir ao médico. No entanto, a promotora acredita que ao conceder a liberdade ao italiano existe a probabilidade concreta de fuga, o que prejudicaria a instrução criminal e frustaria a aplicação da lei. Inclusive, constam nos autos do depoimento de uma das testemunhas a informação de que a outra acusada pelo crime, Delma Freire, teria mostrado passaportes falsos, dela própria, do italiano e do filho, Pablo Tonelli. Além disso, Delma Freire ainda tentou produzir provas falsas, a fim de livrar a si, Ferdinando e Pablo da acusação de ter matado Jennifer Kloker.

Outro ponto nos argumentos da promotora, é a forte comoção pública que o crime causou na população. Ela afirma que a liberdade de Ferdinando Tonelli é um perigo à ordem pública, pela natureza do crime, que foi premeditado, articulado na Itália e cometido no Brasil, por acreditarem na ineficiência dos nossos órgãos estatais. Segundo a promotora, o delito ainda foi cometido na presença do filho da vítima, que viu sua mãe ser arrastada e morta por aqueles que ainda tinham a intenção de manter-lhe a guarda e criá-la, mostrando assim o baixo senso moral e a probabilidade concreta de tornarem a delinquir.

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